sábado, 18 de abril de 2009

Amadora. Mais Crianças com fome pedem ajuda.

A denúncia partiu da assistente social do Serviço de Pediatria: há cada vez mais crianças com fome a serem assistidas no Hospital Amadora-Sintra devido à frágil situação económica de muitas famílias. Para Madalena Barros, há dois tipos de casos: os de crianças que chegam aos serviços de pediatria com fome e falta de higiene e os de mal alimentadas, mas com ténis e roupa de marca. O director-geral da Saúde, Francisco George, admite que há “casos pontuais” mas ainda sem dimensão preocupante”

Fonte: Revista Sábado nº 259


O panorama negativo detectado no Hospital Amadora Sintra, infelizmente, também é observado todos os dias nas muitas crianças que residem nos Bairros Casal de São Brás e Casal da Mira. Eu próprio, em várias ocasiões, observei crianças privadas de almoço ou a alimentarem-se de alimentos prejudiciais à Saúde, pobres em nutrientes e vitaminas, elementos tão necessários e importantes para o bom desenvolvimento cognitivo e motor da criança.

Em contraste com a pobreza alimentar, uma parte importante destas crianças e progenitores, orientam os seus objectivos para as questões matérias, como a roupa de marca, os bons automóveis, e todo o tipo de material ou equipamento que possa dar nas vistas, e para se expressarem aos seus pares.

Desta forma, penso ser importante e urgente encontrar um método integrado e dinâmico, que possa transmitir às famílias a importância do conceito de projecto familiar, isto é, de as formar e incentivar a estabelecer prioridades e a definir metas e objectivos de acordo com as necessidades individuais e familiares, de forma a evitar os desperdícios e os comportamentos desadequados., bem como outros fenómenos negativos derivados de uma desestruturação familiar.
A realização de uma formação dedicada à Organização Familiar, é em meu entender, cada vez mais necessária e indispensável.

“Projecto-me no futuro, para juntar àquilo que me falta e que, sinteticamente acrescentando no meu presente, fará que eu seja aquilo que sou” (Sartre, 1943).

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